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Dias úmidos requerem maior atenção. Se o ar está úmido, o suor não evapora e o corpo não esfria, o que pode levar ao superaquecimento.Crianças que ainda não atingiram a puberdade têm maior risco, pois possuem uma menor capacidade de transpiração, o que significa que elas têm uma capacidade menos eficiente de dissipar o calor excessivo do corpo.
As crianças não tomam instintivamente a quantidade suficiente de líquidos para repor a água perdida, e a sede não é um bom indicativo para reposição, pois o mecanismo de regulação de sede não funciona bem durante o exercício. Por isso, os atletas devem ser pesados antes e depois da prática esportiva para determinar a perda de líquidos e a quantidade de reposição.
Para atividades que durem até 60 minutos a água é a bebida mais indicada. Para um tempo maior, as bebidas especiais para reposição podem ajudar como fonte de líquidos e carboidratos. Essas bebidas devem conter 6 a 7 % de carboidratos. Mais do que isso pode causar retardo no esvaziamento gástrico.
Recomenda-se ainda a utilização da seguinte tabela para rehidratação, segundo A Associação Americana de Nutrição:
- 1 a 2 horas antes do evento 300 a 420ml de água fria (temperatura menor que a ambiente);
- 10 a 15 minutos antes do evento 300 a 360 ml de água fria;
- Durante o evento 120 a 180 ml de água fria a cada 15 a 20 minutos;
- Após o exercício 480 ml de líquidos frios para cada 450g perdidos de água;
CARBOIDRATOS
Os carboidratos são os combustíveis mais eficazes para a performance no exercício. A energia deles é disponível para os músculos 3 vezes mais rápido do que a energia da gordura. A única limitação é que o organismo armazena uma quantidade pequena de carboidratos como glicogênio no fígado e nos músculos.
O carboidrato é usado como energia imediata, convertendo-se o glicogênio em glicose, que entra na circulação. Uma vez usado, o glicogênio precisa ser reposto, senão o atleta terá menos energia durante o trabalho físico.
O objetivo da alimentação antes do exercício físico é prevenir a sensação de fome antes ou durante a competição, assim como manter concentrações ótimas de glicose no sangue.
A performance do atleta relaciona-se ao glicogênio armazenado 24 a 48 horas antes do evento.
Então o objetivo principal da alimentação é providenciar alimentos ricos em carboidratos, de preferência complexos, com quantidades moderadas de proteínas e gorduras. As preferências alimentares dos atletas devem ser consideradas, e nenhum alimento desconhecido deve ser introduzido na dieta.
A quantidade a ser ingerida dependerá do tempo entre a refeição e o esporte, por exemplo:
Lanche
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(15 a 29g de carboidrato, < 5% gordura)
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1/2 a 1 hora antes do evento
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Refeição leve
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(30 a 40g de carboidrato, 5 a 15% de gordura)
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2 a 4 horas antes do evento
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Refeição
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(50 a 60g de carboidratos, 15 a 25% de gorduras)
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4 a 5 horas antes do evento (pode ser necessário um lanche mais tarde)
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Os músculos estão mais receptivos ao armazenamento de glicogênio durante as primeiras 3 a 4 horas após exercícios exaustivos. Comer ou beber alimentos ricos em carboidratos imediatamente após o exercício e depois a cada 2 horas pode melhorar a reposição de glicogênio muscular. Isso pode ser feito bebendo líquidos ricos em carboidratos logo após a prova e comendo uma refeição rica em carboidratos 2 a3 horas após.
Nota: Em todos os casos, os atletas precisam consumir quantidades adequadas de calorias para o crescimento. É importante conhecer o estágio de desenvolvimento em que se encontra a criança e determinar uma ingestão calórica adequada.
PROTEÍNAS
A proteína é parte essencial da dieta da criança ou adolescente atleta. Entretanto, a moderação é que vai garantir o melhor papel desse nutriente na dieta.
A função da proteína na infância e na adolescência é construir, manter e reparar músculos e outros tecidos corpóreos; produzir hemoglobina, que leva o oxigênio até as células; formar anticorpos, que combatem doenças e infecções; e formar enzimas e hormônios, que regulam as funções orgânicas.
Os atletas devem ser esclarecidos que ingerir uma maior quantidade de proteínas do que o recomendado não melhora nenhuma dessas funções, nem forma músculos maiores ou mais fortes. Proteínas em excesso serão armazenadas como gordura, e não como músculos. O único caminho para formar músculos é ingerir quantidades adequadas de proteínas e exercitar o corpo.
Para crianças de 6 a 10 anos, as recomendações são de 1g de proteína para cada kg de peso corporal. Para adolescentes, recomenda-se 0,9g de proteína por kg de peso. Esse valor pode aumentar ligeiramente perto do estágio de maturação sexual, quando o atleta ingere a maior parte de proteínas de origem vegetal, ou quando o treinamento é extremamente exaustivo.
VITAMINAS E MINERAIS
Deve-se dar importância ao consumo de ferro, porque a anemia por deficiência desse mineral pode levar a uma diminuição da performance física. É indicado o consumo regular de alimentos fontes de ferro (carne vermelha, fígado, vegetais de folhas verdes, cereais enriquecidos, leguminosas, gema de ovo), junto com boas fontes de vitamina C (frutas cítricas, tomate, pimentão, repolho), que melhora sua absorção.
Fontes de cálcio também devem ser consumidas em quantidades adequadas para promover um crescimento e desenvolvimento ósseo normal e evitar fraturas e osteoporose na vida adulta.
Todos os outros nutrientes devem ser ingeridos nas quantidades adequadas para idade e estágio de desenvolvimento.
SUPLEMENTOS DIETÉTICOS
Os suplementos não são usualmente necessários e podem em alguns casos tornarem-se perigosos. Apesar de que a suplementação vitamínica e mineral pode melhorar o estado nutricional de pessoas que não consomem uma dieta adequada, nenhum dado científico embasa o uso geral de suplementos para melhorar a performance física.
TREINAMENTO EXCESSIVO
É bem sabido que níveis toleráveis de exercícios parecem estimular o crescimento físico normal. Por outro lado, um número cada vez maior de lesões por sobrecarga está sendo registrado em crianças que praticam esportes organizados. As crianças são mais suceptíveis a estas lesões devido à presença de tecidos em desenvolvimento, e ao processo de crescimento, que pode produzir desequilíbrios musculares em torno das articulações, aumentando o risco de lesões. Como se pode constatar, o crescimento por si só já é um fator de risco de lesões de sobrecarga.
Durante o período de crescimento rápido, a intensidade do treinamento deve ser reduzida, e programas de exercícios específicos compensatórios devem ser introduzidos, a fim de prevenir lesões e compensar desequilíbrios musculares.
OBS: As informações disponíveis no site possuem apenas caráter educativo.